sábado, 7 de março de 2009

Ser você mesmo. É uma tarefa difícil e exaustiva. Todos os dias, em todas as direções, nós sofremos influências profundas para, de alguma forma, construir nossa personalidade. Porém hoje em dia, em certos grupos, nós não somos aceitos pelo que somos. Somos aceitos pelo que os outros querem que sejamos. E então, mudamos. Mudamos nosso jeito de falar, de se vestir, de ver o mundo. Mudamos nossos gostos musicais, já não gostamos daqueles filmes que antes nos encantavam e fazer certas atividades que nós adorávamos, de uma hora pra outra, ficam fora de cogitação. Porque nós crescemos, amadurecemos, mas no fundo, continuamos sendo adolescentes no colegial a procura de um grupo. Tudo pra não ser o esquisito, o sozinho, o excluído. E no final das contas, olhamos pra um espelho e sinceramente não reconhecemos a nós mesmos. Não nos vemos naquele reflexo; está escuro demais pra as cores serem refletidas da maneira certa. Tudo o que vemos é um produto fabricado e projetado por outros. E cada cantinho do seu caráter tem uma parte ou uma participação de todo mundo. Cada pedacinho tem uma influência diferente, e cada faceta da sua alma brilha com uma cor diferente, como a de um diamante, indicando uma pessoa diferente que ajudou em certo ponto. Tem de tudo e de todos na sua personalidade... Só não tem você.

Ando fazendo merda e mesmo assim não me arrependo de nada do que fiz.