sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

FUGIR. Pra qualquer lugar, pra qualquer tempo. Esquecer. De dias, de pessoas, de momentos. Sumir. Por alguns dias, pra tentar fazer aquela pessoa notar sua falta. Tentar fugir, esquecer e sumir ao mesmo tempo. Tentar ser forte, tentar ser feliz, tentar sorrir. Tentar chorar, mesmo com os olhos secos. Escolher uma vida, uma rotina, um destino. Viver a vida, sem se preocupar com os problemas. Perceber que nem sempre as coisas acontecem da nossa maneira, como o esperado. Perceber que às vezes não dá pra fugir, esquecer e nem sumir.
Nossa vida é constituída de tempo. Nossos dias são medidos em horas, nosso conhecimento é medido por anos. Agarramos alguns rápidos minutos em nosso dia atarefado para uma pausa para um café. Voltamos correndo para nossas escrivaninhas, vigiamos o relógio, vivemos de compromissos. E mesmo assim o tempo finalmente passa e você se pergunta no fundo do coração se esses segundos, minutos, horas, dias, semanas, meses, anos e décadas foram gastos da melhor forma possível.
Não espere demais das pessoas, nem exija demais de si, não se prenda a ninguém nem se entregue de cara a uma paixão. Permita-se viver, cantar, dançar, pular, gritar... faça o que seu coração mandar, siga seus instintos, que o destino cuida do resto!

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Por favor, se eu disser que não estou bem, não insista em saber porque, não peça para lhe contar a história, pois as explicações me lembram e me perfuram... as lembranças voltam. Por favor, não tente me entender, enxergar coisas dentro de mim, não tente encontrar um brilho em meu olhar no outro dia, pois tudo isso é impossível. Se quiser algo de mim, será meu nome escrito em um papel, pois sabemos que aquilo não vai durar, vai ficar na memória, e quando se for não fazerá tanta falta.
As pessoas mudam querendo ou não... mudam. Os gostos, os rostos, as formas. Simplesmente mudam. Sem nenhuma explicação, sem nenhuma obrigação. Mudam porque cresceram, porque conheceram coisas novas, pessoas novas. As conversas mudam, os sorrisos mudam, os assuntos mudam. É difícil perceber e se acostumar que nada será como antes, e isso, de um jeito ou de outro, machuca. Machuca porque ambos mudaram, e isso... isso não dá pra mudar.
Talvez tu nunca venhas a entender, mas eu já estou acostumada com a minha condição de incompreendida. É que tu não sabes como é frio o lugar de onde eu venho. É que tu não sabe como dóem esses pontos ainda não-cicatrizados. É que não se passa pela tua cabeça que, toda vez em que abro meus braços, sinto esses pontos hesitando em permanecerem fechados, sinto as costuras esgaçadas, sinto o ar que faz arder minhas entranhas, sinto a dor de afogar denovo naquele mar salgado que por tanto tempo me privou de cravar os pés em terra firme. E hoje eu tenho um medo enorme do mar.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Ás vezes quando se é jovem, você acha que nada pode te machucar. É como ser invencível. Sua vida toda está a sua frente e você tem grandes planos. Grandes planos. Achar seu par perfeito. Aquele que te completa. Mas conforme vai envelhecendo, percebe que nem sempre é tão fácil assim. Só no fim da vida percebe que os planos que fez são só planos, pois no final, quando olha pra trás ao invez de para frente, você quer acreditar que fez o máximo com o que a vida te deu. Quer acreditar que está deixando algo de bom para trás. Você quer que tudo tenha sido importante.